quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

As Pontes de Madison (Clint Eastwood, 1995)

3,5/4

se arrependimento fosse doença, a personagem de Meryl Streep em As Pontes de Madison desenvolveria um câncer tão grande que nem mesmo o mais estudado doutor saberia estimar as causas. mas a vida é assim mesmo, um grande e interminável jogo recheado de equívocos, que muitas vezes são justificados pelas raízes que fixamos ao medo da mudança, à fobia inexplicável de alcançar a felicidade, embora saibamos que é possível. porque, em grande parte dos momentos, o que queremos mesmo é viver sufocados por nosso grito de desespero, já que a liberdade, quando conquistada, pode acabar se tornando, na realidade, uma prisão.

As Pontes de Madison, além de ser uma bela estória sobre o amor e a estabilidade, o afeto e o arrependimento e suas conseqüências, é o grande filme da carreira de Eastwood - que, não fosse o fato de ter apostado em uma estrutura tão banal, realizaria uma obra-prima.

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