Haneke conhece como poucos a fórmula exata para extrair tensão do espectador. filmando em digital, utilizando o silêncio de forma magistral, misturando realidade e reprodução da realidade, deixando uma dúvida crucial a cada ponto chave, que martela na mente de forma brutal (afinal, está acontecendo ou aconteceu?), o diretor cria aquele que é um dos melhores filmes de suspense deste novo século, facinho facinho. e ainda estufa o peito e desenvolve um verdadeiro panorama de questões de cunho étnico e racial e conflitos políticos bem elaborados, que explainam uma realidade predatória do velho continente. e ainda cria uma das seqüencias mais memoráveis dos últimos anos, hediondamente hilária, que deixa um gostinho de humor negro delicioso (muitos podem achar chocante, wherever) - além do desenvolvimento brilhante de um final aberto dos mais geniais que existem por aí. um grande, grande filme.
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