terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Rede de Intrigas (Sidney Lumet, 1976)

um ponto de partida sensacional levemente desperdiçado por algumas subtramas descontextualizadas (praticamente 50% das seqüências com a personagem da Feye Dunaway, por mais importante que seja), mas que consegue se manter em alto nível devido à acidez e à perspicácia de seu mote e, principalmente, pelo uso inteligentíssimo de uma ironia bastante corrosiva (o encerramento é absolutamente fenomenal). a direção de Lumet se mostra bem menos intrusiva do que em 12 Homens e uma Sentença, mas com alguns lampejos de gênio, no final valendo menos do que as sensacionais atuações de William Holden e Peter Finch (este, em trabalho extremamente eficiente e merecidamente laureado com o Oscar). vale como uma grande observação da alienação corporativa midiática do submundo televisivo (que, atualmente, tem uma abrangência muito maior e conscientemente degradativa).

Um comentário:

James Dean disse...

sobre o poder da mídia, sua influência, não a nada comparado a "rede de intrigas". o que fez desse filme algo tão diferenciado, foi a direção de sidney lumet. ele conseguiu contar de forma incrível uma estória totalmente inacreditável. merece todos os méritos, pois leva com maestria o roteiro maluco. mas a obra-prima também conta com atuações excelentes, principalmente por parte de finch como um alucinado jornalista. quase perfeito.