terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Os Olhos Sem Rosto (Georges Franju, 1960)

um conto lúgebre e aterrador sobre a culpa e todas as conseqüências que brotam em subseqüência ao seu despertar. na interface, é uma obra de horror de altíssimo nível, com um visual fenomenal no qual Franju (uh) realiza uma impecável miscigenação entre a sombriedade dos ambientes e da temática com a sofisticação impressionante de seus enquadramentos. mergulhando nesse universo recheado de mordacidade, Os Olhos Sem Rosto se mostra uma pequena e agoniante obra de arte dramática sobre o desespero de um homem procurando reparar seus erros à qualquer custo, além de uma pequena reflexão sobre a obsessão pela beleza estética, com algumas seqüências fenomenais (as cirurguias experimentais, filmadas com classe e sem qualquer pudor, são fora de série), um clima extremamente denso e um final impagavelmente punitório.

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