terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Quem Bate à Minha Porta? (Martin Scorsese, 1967)

3/4
.
nem mesmo sua sobrancelha estava plenamente desenvolvida e Scorsese já produzia obras raras. esse aqui, junto de Caminhos Perigosos, funciona como uma peça bem singular e pessoal dentro da filmografia do diretor - até por retratar certos elementos de sua própria realidade no bairro em que cresceu, etc. enquanto no primeiro (no caso, o segundo, porque este foi feito antes) Scorsese pincela um retrato lindo de doer sobre uma relação de amizade tão forte que ganha contornos paternos, aqui ele mostra um pouco de sua visão do amor, da necessidade do sentimento dentro do meio em que estava inserido.
.
é um trabalho relativamente precário, em especial pela pouca grana destinada à produção, mas sensacional tanto na temática quanto nas idéias da decupagem, mesmo que a estrutura narrativa, por ter sido fermentada e cozida em diferentes tempos, funcione mais como uma colagem de diversas seqüências bastante espirituosas do que realmente como um filme. mas é ótimo de se ver, tem uma composição de planos bem forte e incomum, sempre buscando um diferencial estético, e algumas seqüências, como a cena de sexo surtada ao som de Doors, são inesquecíveis.

Nenhum comentário: