O De Palma que enfie aquela câmera dele no cu, COM FORÇA!
Isso aqui é mais um orgasmo cinematográfico promovido pelo mestre. Desde o início delicioso e sofisticado (afinal, lésbicas se amassando no Festival de Cannes é praticamente a junção de tudo o que há de bom na vida, hehe) até o desenrolar final da trama, quando o filme ganha contornos de David Lynch e Alfred Hitchcock que se misturam com toda a composição noir que ele cria durante o terço intermediário, um primor em cadência e, claro, técnica cinematográfica. Porque cada plano filmado por De Palma, por mais incrível que pareça, é nada menos do que genial, delicioso em todos os aspectos.
Alguns dizem que a reviravolta final é meio batida, que ele viajou bonito, mas, sinceramente, isso não faz diferença alguma. O filme é uma obra-prima do primeiro ao último minuto, e ele poderia errar o quanto quisesse (o que não acontece, vale dizer - acho o epílogo fascinante), que nada estragaria isso. Sem dúvidas, uma das grandes obras dessa década, e um dos melhores filmes do diretor.
Ah, sem contar que: noir passado em um sonho é quase > que o próprio noir. ou melhor, o mundo noir é um mundo de sonhos, afinal. De Palma não poderia ter acertado mais em cheio nessa escolha.
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