segunda-feira, 24 de março de 2008

Melhores filmes de cada ano

Vale dizer que, além de a lista estar em constante atualização (até porque, em alguns anos, tem uns cinco filmes que eu adoro e que a qualquer momento podem ultrapassar o escolhido), comecei-a apenas em 1936, mesmo tendo visto filmes da década de 1920 e de outros anos da de 1930,porque não queria deixar lacunas. Quando vir um de 1935, portanto, puxo a de 1934 (cujo escolhido eu já teria, assim como o de 1933), e assim por diante.

1936. Tempos Modernos (Charles Chaplin)
1937. Branca de Neve e os Sete Anões (David Hand)
1938. Do Mundo Nada Se Leva (Frank Capra)
1939. A Regra do Jogo (Jean Renoir)
1940. Jejum de Amor (Howard Hawks)
1941. Relíquia Macabra (John Huston)
1942. Casablanca (Michael Curtiz)
1943. A Sombra de uma Dúvida (Alfred Hitchcock)
1944. Pacto de Sangue (Billy Wilder)
1945. Farrapo Humano (Billy Wilder)
1946. À Beira do Abismo (Howard Hawks)
1947. A Dama de Shangai (Orson Welles)
1948. O Tesouro de Sierra Madre (John Huston)
1949. O Terceiro Homem (Carol Reed)
1950. No Silêncio da Noite (Nicholas Ray)
1951. Uma Rua Chamada Pecado (Elia Kazan)
1952. Cantando na Chuva (Stanley Donen/Gene Kelly)
1953. O Salário do Medo (Henri-Georges Clouzot)
1954. Janela Indiscreta (Alfred Hitchcock)
1955. A Morte Num Beijo (Robert Aldrich)
1956. Rastros de Ódio (John Ford)
1957. Doze Homens e uma Sentença (Sidney Lumet)
1958. A Marca da Maldade (Orson Welles)
1959. Onde Começa o Inferno (Howard Hawks)
1960. A Tortura do Medo (Michael Powell)
1961. O Ano Passado em Marienbad (Alain Resnais)
1962. O Eclipse (Michelangelo Antonioni)
1963. O Desprezo (Jean-Luc Godard)
1964. O Beijo Amargo (Samuel Fuller)
1965. O Demônio das Onze Horas (Jean-Luc Godard)
1966. Weekend à Francesa (Jean-Luc Godard)
1967. O Samurai (Jean-Pierre Melville)
1968. A Hora do Lobo (Ingmar Bergman)
1969. Meu Ódio Será Tua Herança (Sam Peckinpah)
1970. Cada Um Vive Como Quer (Bob Rafelson)
1971. Corrida Sem Fim (Monte Hellman)
1972. O Discreto Charme da Burguesia (Luis Buñuel)
1973. A Noite Americana (François Truffaut)
1974. Chinatown (Roman Polanski)
1975. Profissão: Repórter (Michelangelo Antonioni)
1976. Taxi Driver (Martin Scorsese)
1977. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Woody Allen)
1978. Sonata de Outono (Ingmar Bergman)
1979. Apocalypse Now (Francis Ford Coppola)
1980. Vestida Para Matar (Brian De Palma)
1981. Um Tiro na Noite (Brian De Palma)
1982. Fitzcarraldo (Werner Herzog)
1983. Zelig (Woody Allen)
1984. Era Uma Vez na América (Sergio Leone)
1985. Depois de Horas (Martin Scorsese)
1986. Veludo Azul (David Lynch)
1987. Nascido Para Matar (Stanley Kubrick)
1988. Gêmeos (David Cronenberg)
1989. Crimes e Pecados (Woody Allen)
1990. Os Bons Companheiros (Martin Scorsese)
1991. Barton Fink (Joel & Ethan Coen)
1992. O Jogador (Robert Altman)
1993. O Pagamento Final (Brian De Palma)
1994. Ed Wood (Tim Burton)
1995. Antes do Amanhecer (Richard Linklater)
1996. Crash (David Cronenberg)
1997. Desconstruindo Harry (Woody Allen)
1998. Felicidade (Todd Solondz)
1999. De Olhos Bem Fechados (Stanley Kubrick)
2000.Dançando no Escuro (Lars Von Trier)
2001. O Homem Que Não Estava Lá (Joel & Ethan Coen)
2002. Spider (David Cronenberg)
2003. Kill Bill Vol. 1 (Quentin Tarantino)
2004. Kill Bill Vol. 2 (Quentin Tarantino)
2005. Caché (Michael Haneke)
2006. Império dos Sonhos (David Lynch)
2007. Senhores do Crime (David Cronenberg)

16 comentários:

James Dean disse...

a lista tá ótima, apesar de não considerar seus filmes escolhidos nas décadas de 90 e 00 grande coisa.

só falta "o grande motim" em 1935. ah é, esse você não viu. hehe.

Daniel Dalpizzolo disse...

caio, hoje eu começo oficialmente a te achar um doido, haha.

que filmes listados dessas décadas que vc não considera "grande coisa"?

Lucas Murari disse...

vou assumir a briga do colega caio.

acho 4 Cronenberg numa mesma lista demais, ainda mais 2 na mesma década. assim como 2 do tarantino que não coloco nem em um top 500 (é algo pessoal, tenho birra com esse cara).
porra, o haneke tem muita coisa melhor que cache: o tempo do lobo, a professora de piano e funny games são infinitamente superiores a Caché.

no mais achei a lista boa, claro que discordo de muita coisa (como assim não colocou c. kane na lista?!?!?!). mas da pra aceitar

abraços e a década de 20 é uma das melhores do cinema.

Daniel Dalpizzolo disse...

quatro Cronenbergs nunca vai ser exagero, de forma alguma (quase pus Marcas da Violência no embrulho, inclusive)- sendo que Senhores do Crime está ali, mas ainda não vi todos os filmes lançados no ano, ou seja, é provisório (ou não).

a década de 1920 é sensacional mesmo, mas espero ver algumas coisas da de 1930 pra poder incluí-la (boa parte dos anos teria fechados, eu acho).

quanto ao Haneke ,acho Caché o melhor, disparado, mesmo tendo visto apenas Funny Games e A Professora de Piano além desse (a superioridade é MUITO grande mesmo.

e Cidadão Kane não entrou pq noir > cinema, então o primeiro momento oficial do movimento não poderia ficar de fora - além de ser um filme absurdo, academicamente obrigatório.

viva o subjetivismo, hehe.

e continuem criticando, comentando, costurando e etc.

ps: lucas, se tiver paciência, faça algo semelhante, pra vermos as diferenças (que aparentemente são gritantes, hehe).

Lucas Murari disse...

toy story 1 > aladin !

quando tiver um tempinho, a faço.

vc chegou a ver a lista do kurosawa que publiquei no meu blog?
http://complexodeepico.blogspot.com
/2008/03/kurosawas-favorite-movies.html

abraço

Daniel Dalpizzolo disse...

vi sim, cheguei a ler boa parte dos comentários também - o Kurosawa acho que é melhor cinéfilo do que realizador, inclusive, haha.

mas aladdin é filme de infância, de pegada emocional mesmo (além do mais, não são do mesmo ano, ou são?).

abraço.


ps: a sua eu já vi, então peço pro Caio montar uma lista de melhores da década de 90 e 00 pra compararmos, ok?

Daniel Dalpizzolo disse...

ah, e pode até falar mal de Tarantino (nem gosto taaaaaanto assim de Cães de Aluguel e Jackie Brown - mas acho Pulp Fiction e À Prova de Morte ótimos), mas não ouse mais desmerecer o filme da década dentro da minha propriedade! haha!

Kill Bill é cinema em sua máxima excelência.

Lucas Murari disse...

kill bill é um plágio escancarado de "Lady Snowblood", filme japonês de 73.

Anônimo disse...

Que interessante, eu pensei que, em grande parte, o cinema do Taranta tratasse exatamente disso.

Não PLÁGIO, claro, mas referência (e reverência), de cinema feito por quem, muitas vezes, é mais cinéfilo que cineasta (ainda que no caso os dois fatores estejam indissociáveis).

Daniel Dalpizzolo disse...

Tarantino é referência pura, puríssima, mesmo sendo impurificada - e talvez por isso seja tão interessante em seus melhores momentos, como Kill Bill.

James Dean disse...

ok:

90 - Os Bons Companheiros
91 - Thelma e Louise
92 - Cães de Aluguel
93 - Adeus Minha Concubina
94 - Um Sonho de Liberdade
95 - Seven
96 - Fargo
97 - Boogie Nights
98 - O Grande Lebowski
99 - Clube da Luta
00 - Amores Brutos
01 - O Homem Que Não Estava lá
02 - Sobre Meninos e Lobos
03 - 21 Gramas
04 - Em Busca da Terra do Nunca
05 - Munique
06 - Pecados Íntimos
07 - Os Donos da Noite

gostou?

Daniel Dalpizzolo disse...

92 - Cães de Aluguel
94 - Um Sonho de Liberdade
97 - Boogie Nights
99 - Clube da Luta
00 - Amores Brutos
02 - Sobre Meninos e Lobos
03 - 21 Gramas
04 - Em Busca da Terra do Nunca
05 - Munique

desses não. acho um sonho de liberdade tosco, cães de aluguel pouco empolgante; de boogie nights gosto bastante, mas não entraria; em 99 devem existir pelo menos uns sete filmes melhores do que clube da luta; idem 00; sobre meninos e lobos é um drama comum; 21 gramas é fórmula repetida in usa; em busca da terra do nunca é blé, asquento; munique, embora ótimo, tem problemas narrativos sérios e nem de longe é o melhor do ano (nem do spielberg na década, posto de minority report); outros como pecados íntimos, não vi.

mas ainda gostei de umas 4 ou 5 escolhas. e ainda gosto de você, caio. ahaha.

Daniel Dalpizzolo disse...

92 - Cães de Aluguel
94 - Um Sonho de Liberdade
97 - Boogie Nights
99 - Clube da Luta
00 - Amores Brutos
02 - Sobre Meninos e Lobos
03 - 21 Gramas
04 - Em Busca da Terra do Nunca
05 - Munique

desses não. acho um sonho de liberdade tosco, cães de aluguel pouco empolgante; de boogie nights gosto bastante, mas não entraria; em 99 devem existir pelo menos uns sete filmes melhores do que clube da luta; idem 00; sobre meninos e lobos é um drama comum; 21 gramas é fórmula repetida in usa; em busca da terra do nunca é blé, asquento; munique, embora ótimo, tem problemas narrativos sérios e nem de longe é o melhor do ano (nem do spielberg na década, posto de minority report); outros como pecados íntimos, não vi.

mas ainda gostei de umas 4 ou 5 escolhas. e ainda gosto de você, caio. ahaha.

Lucas Murari disse...

Almodóvar faz cinema referência, Tarantino é plágio. A questão é que o espanhol escolhe filmes mais acessíveis, enquanto o Tarantino apela para obras mais distantes do grande público.

e "Um Sonho de Liberdade" é uma ofensa na lista, fora esse, da pra aceitar. (Boogie Nights é um dos melhores da seleção)

James Dean disse...

sabe da minha admiração pelo cinema de Inãrritu considerando dois de seus filmes uma das três obras-primas desta década. Ou seja, "Sobre Meninos e Lobos" é o melhor dos últimos anos.

pois é, achei que criaria caso com "Thelma e Louise" que pra mim é o melhor de 90's, mas ao contrário, implicou com outros. e isso que nem inclui "Coração Valente", hehe.

mas tudo bem dan, goste de Cronenberg. não deixarei de gostar de você por isso, haha.

Daniel Dalpizzolo disse...

cronenberg deveria ser pré-requisito pra cinefilia.

e eu gosto do primeiro filme do iñarritu, e gosto mais até de thelma e louise, que consegue transgredir a própria esfera sem forçar a barra pra isso. mas coração valente não dá, né, aí vc apela mesmo, haha.

quanto ao lucas e sua implicância com o tarantino, aí a coisa é bem mais pessoal. acho que o tarantino é o mais próximo que o cinema chegou de um "cinema de cinéfilo", não "para" cinéfilos, mas feito por um. é mais ou menos nós elocubrando sobre alguns filmes e uma suposta colagem de suas sequencias dentro de algo somente nosso. ele brinca muito com isso. e Kill Bill, além de ser o expoente máximo disso tudo, volto a dizer, é Cinema com C maiúsculo.