segunda-feira, 24 de março de 2008

Luis Buñihshuel, le surrealist

Quem me conhece já sabe: Buñuel, junto de Godard, é meu realizador preferido e, além de ser um gênio incomparável, resguarda certa semelhança com o meste maior do cinema: literalmente brincava de fazer cinema; filmava para sua própria diversão. Nós, cinéfilos, agradecemos.

01. O Anjo Exterminador
02. O Discreto Charme da Burguesia
03. Esse Obscuro Objeto de Desejo
04. Os Esquecidos
05. O Fantasma da Liberdade
06. Viridiana
07. A Bela da Tarde
08. Nazarin
09. O Alucinado
10. Ensaio de um Crime
11. Via Láctea
12. Diário de uma Camareira
13. Um Cão Andaluz (Curta-Metragem)
14. Tristana

E acho que o Buñuel chega ao seu auge como humorista quando brinca com a obsessão sexual, um de seus maiores fetiches. Os personagens de O Anjo Exterminador, por exemplo, se encontram num contexto de puro desejo, exalam sexo a cada pensamento e atitude exteriorizadas. Tudo isso se torna ainda mais explícito e memorável em Esse Obscuro Objeto de Desejo, uma obra-prima do masoquismo cinematográfico, com um personagem completamente obcecado e uma garota que se faz de virgenzinha pura para fazê-lo pirar o cabeção. É tão surtado que não tem como não se estourar rindo. E essa característica passa por praticamente todos os filmes dele, o que torna tudo ainda mais interessante. É aqui que ele se diverte de verdade.
Mais uma coisa, só pra clarear: gosto MUITO de TODOS os filmes que eu vi do Buñuel. Tanto que, do um ao, sei lá, dez, vejo todos praticamente como obras-primas. Acho que apenas O Anjo Exterminador consegue fugir um pouco do pega-pega que resultaria em uma provável inversão de colocações no Top, simplesmente por ser um dos dez melhores filmes do mundo e tals. Mas de resto, pessoal, uma coisa mais absurda do que a outra. No sentido mais maravilhoso possível.

4 comentários:

Anônimo disse...

Tenho que ver mais coisa desse maldito. Mas Dan, Um Cão Andaluz lá embaixo por que?

Daniel Dalpizzolo disse...

porque os outros são MUUUUUITO melhores, hehe.

mesmo que eu adore Um Cão Andaluz, pela atmosfera, pelo espírito WTF que ele consegue introduzir a todo aquele absurdo, gosto muito mais de quando o Buñuel utiliza esse paradoxo entre o real e o irreal pra, além de zoar legal com a nossa cara, construir aqueles discursos com requintes de genialidade irresponsável que normalmente faz.

Daniel Dalpizzolo disse...

sem contar que os outros são tão geniais, mas tão geniais, que até fazem a gente cansar de utilizar essa expressão.

mas Buñuel é isso aí mesmo, uma banalização da genialidade.

Anônimo disse...

Hahahaha

O que me apaixona em Um Cão Andaluz é que em menos de 15 minutos ele é capaz de sintetizar um apanhado de emoções e de sensações mais fortes e mais sungulares do que metade dos filmes do planeta juntos.